sábado, 31 de outubro de 2009

Palavra Cantada

http://www.youtube.com/watch?v=gGKk7c5SemQ

A BORBOLETA E A LAGARTA
(Paulo Tatit)

Lá lá lá, lá, lá, lá vai uma lagarta
Tá tá tá tá sempre a mastigar
Nhac, nhac, nhac como está com fome
Come come come sem parar
Lá,lá,lá lá lá, lá, lá vai borboleta
Tá tá tá tá livre a voar
Flap, flap, flap cor de violeta
Uma flor voando pelo ar

Flap Flap Flap flap Flap Flap flap
Nhac, nhac, nhac, nhac

Será que a borboleta lembra que já foi lagarta?
Será que a lagarta sabe que um dia vai voar?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

MEDIADORES DA LEITURA





A EQUIPE PAIC SE REÚNE PARA LEVAR O ENCANTAMENTO E A MAGIA DA LEITURA ATÉ ÀS CRIANÇAS.
Acontecem quinzenalmente, momentos de contação de histórias através de vídeos, brincadeiras, aventais de histórias, fantoches, marionetes e outros recursos lúdicos, o propósito é provocar a leitura nas escolas, intitulado "Contos em cada canto".

A FESTA NO CÉU



Cordel ilustrado que fala do tempo em que os bichos falavam, quando as festas eram no céu...uma histórinha do fundo do baú contada com muita graça. Linda! Linda!
Autor:Klévisson Viana
Ilustrações: Eduardo Azevedo

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

http://presentededeus.files.wordpress.com/2008/12/flores.jpg
Pude bem cedo conhecer melhor aquela flor. sempre houvera, no planeta do pequeno princípe, flores muito simples, ornadas de uma só fileira de pétalas, e que não ocupavam lugar nem incomodavem ninguém. Apareciam certa manhã na relva, e já à tarde se extinguiam.
Mas aquela brotara um dia de um grão trazido não se sabe de onde, e o principezinho vigiara de perto o pequeno broto, tão diferente dos outros.


PEQUENO PRÍNCIPE: Os homens do teu planeta, cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim... e não encontram o que procuram...
AVIADOR: Não encontram
PEQUENO PRÍNCIPE: E no entanto o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho d'água...
AVIADOR: É verdade.
PEQUENO PRÍNCIPE: Mas os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração...

“Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla." 
( Antoine de Saint-Exupéry)

domingo, 6 de setembro de 2009

IDEIAS LEGAIS
Livrinhos de histórias
cobra de tampinhas de garrafas que podem funcionar como chocalhos na hora do conto
fantoche de dobraduras
fantoche de jornais
marionete de garrafa de iogurte
bumba-meu-boi feito de retalhos de pano

Lindos!!!
http://www.youtube.com/watch?v=ak63OKfEu24
MARCO está Nas Ondas da Leitura

Nos dias 01, 02 e 03 de setembro os professores de 4º e 5º ano e Educação Infantil participaram da I Oficina de Contação de Histórias na metodologia do Projeto Nas Ondas da Leitura da Editora IMEPH, ministrada pelo Arte-Educador Francisco Gilson. Esse projeto foi implantado nas escolas do município de Marco e tem como público todos os alunos de 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, e vem fortalecer as ações de melhoria da qualidade da educação desenvolvidas pelo Prefeito Grijalma e Secretario de Educação Esdras Moreira. O projeto conta com instrutores especializados em contação de histórias e produção de material pedagógico, contextualizados nos conteúdos dos livros a serem trabalhados no projeto. Cada escola receberá kits para os alunos e professores com livro didático, paradidáticos e mochila. O lançamento do Projeto e a entrega simbólica dos kits teve a participação de Marcelino Câmara contando belíssimas histórias com muita criatividade, ao som de músicas de Vinícius de Moraes, Bia Bedran e outros, os professores dançaram, cantaram e interagiram com o espetáculo, que despertou em todos a alegria, a fantasia e o encantamento que a leitura proporciona.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

HOJE REMEXENDO NO LIVRO DE CÂMARA CASCUDO, CONTOS TRADICIONAIS DO BRASIL, DEPAREI COM A HISTÓRIA DA PRINCESA JIA, E LEMBREI DE UMA HISTÓRIA QUE MEU PAI SEMPRE GOSTAVA DE CONTAR... CHAMAVA-SE "OS 3 IRMÃOS E A JIA" COM CERTEZA UMA VERSÃO DELE DO CONTO TRADICIONAL. NOOSSAA!! ELA TRAZ UMA SAUDADEE GOSTOSAAaa... VOU CONTAR PRA VC...


Os 3 irmãos e a Jia
Havia um casal que tinha três filhos. Um dia o pai chamou os três e disse que eles precisavam ganhar a vida pelo mundo afora. Então eles seguiram por uma loonga estrada... Em certo ponto da estrada os irmãos perceberam que ela dividia-se em três caminhos. Cada um tomou a sua direção. Zé pela esquerda, Pedro pela do meio e João pela direita. Zé e Pedro chegaram a um palácio onde duas moças viviam e casaram-se com eles.
João, no entanto, andou, andou, andou até que chegou às margens de uma graande lagoa. Sentou-se numa pedra e ficou pensando como atravessaria aquela lagoa se não sabia nadar. Foi aí que apareceu uma grande jia, gorda e repelente, deslizando lentamente para perto de João e coaxou:
- COACH! Case comigo que lhe passo.
João pensou: O que direi ao meu pai se casar com uma enorme jia? Mas João não podia voltar de mãos vazias. Então aceitou o pedido da jia. Subiu em suas
costas e chegou até o outro lado da lagoa. Como era um homem de palavra, casou-se com a jia e os dois foram viver numa casa deteriorada e suja. A jia passava o dia inteiro embaixo dum pote sempre coaxando. Mas João nunca reclamava da vida. Nas vésperas da visita à casa do pai, a jia falou:
- Amanhã deverá visitar seus pais. Leve essa lembrança para sua mãe.
Deu um saquinho muito sujo, encardido, amarrado por um cordão. João chegando em casa, juntou-se aos seus pais e irmãos e conversaram até o entardecer. Jantaram satisfeitos, e depois que os irmãos entregaram lindos presentes que traziam, João entregou o saquinho que sua esposa mandara. Os irmãos riram muito, zombando do humilde presente. Quando sua mãe recebeu o presente, sacudiu-o para fazer cair o que havia dentro. Quase não acaba mais de cair moedas de ouro. Os velhos ficaram felizes e satisfeitos com o casamento de João.
João voltou pra casa e encontrou o banho pronto e depois a janta. E continuou sua mesma vida de sempre, conversando com a Jia, cada vez mais nojenta e amorosa. Um ano passou e a Jia lembrou que no dia seguinte devia estar o moço na casa dos pais, levando uma lembrança feita pela noiva.
Aconteceu como no ano anterior. A Jia mandou um vidrinho com uma água suja e fedorenta.A festa foi a mesma. Os irmãos trouxeram bordados lindos feitos pelas noivas. Quando foi a vez de João e ele entregou o vidrinho imundo, foi uma risadaria geral. Mas quando a velha senhora abriu o vidrinho e sacudiu a água, imediatamente saíram toalhas, camisas, lençóis, fronhas, todos os arranjos de casa, bordados tão delicados em seda e ouro.
Foram todos embora e João seguiu na vida velha no palácio feio ao lado da jia. Um ano depois, a jia avisou que na manhã seguinte seria o dia de João se apresentar com a noiva.
João ficou preocupado, mas mal amanheceu o dia, pegou seu cavalo e montou a Jia em sua garupa. Toda vez que andava um pouco ... SPLASH! a Jia caía do cavalo. Então tiveram a ideia dela ir montada num galo. O pobre João só imaginava a mangação de seus irmãos, mas não podia pagar o bem com o mal e abandonar a Jia.
João trouxe um galo e a Jia começou a lutar para montar-se no pescoço dele. Toda vez que conseguia subir, o galo dava uma bicada na coitada que despencava e ia bater na areia. Quando ia subir pela terceira vez, o galo deu-lhe
uma bicada e ouviu-se um estrondo, seguido de um claro azul tão forte, que cegava. João fechou os olhos assustados e quando os abriu, estava diante de uma linda princesa, sentada numa carruagem dourada. João não podia acreditar que aquilo fosse verdadeiro.
A princesa sorrindo disse:
- Eu fui a Jia que aceitaste como esposa e nunca fizeste pouco de seus presentes e feiúria. Estou desencantada e serei uma esposa amável e fiel.
João e a princesa foram por estrada afora, até sua casa, onde seus pais e irmãos o receberam com alegria. Na hora do almoço, quando todos estavam à mesa, a princesa pegou um pouco de arroz e jogou na sogra, de repente apareceu um broche de ouro! Depois fez um bolinho de macarrão e jogou novamente, no mesmo instante apareceram um par de brincos brilhantes, colares e outros enfeites. As outras noras com um pouco de inveja fizeram a mesma coisa, mas só conseguiram ouvir muitas gargalhadas e sujar a roupa da sogra, já impaciente. E assim a princesa ficou conhecida como mãos de fada, porque tudo que tocava transformava-se em ouro. Depois da festa, os dois voltaram para o palácio velho, agora novo e cheio de luzes. E continuam muito felizes até hoje.

Espero que tenham gostado !Beijoss!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As professoras de 2º ano da E.E.F.Sagrado Coração de Jesus e a Equipe Pedagógica, organizaram para os alunos uma aula de campo em ambiente natural próximo à escola. No percurso, os alunos iam observando a natureza (plantas, pedras, animais, etc), com o objetivo de escreverem pequenos textos para o jornal Primeiras Letras, desenvolvendo a imaginação e a criatividade, mergulhando-os no mundo letrado."Nas aulas de campo, observamos que os alunos se sentem mais estimulados a aprender e participar das atividades educativas e isso torna o processo ensino-aprendizagem mais rápido e significativo."comemora a diretora Jaqueline Rocha.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Formação Eixo Literatura Infantil e Formação de Leitores

15 de agosto

"Ler um livro para uma criança é um momento especial de grande aproximação entre crianças e crescidos."








"Um livro é capaz de fazer sonhar uma criança."

Nesse encontro trabalhamos a leitura de forma mais atrativa, dinâmica e próxima da realidade dos alunos. As histórias possuem cheiros, cores e sabores por isso são uma fábrica de experiências e imaginação.
Segue abaixo a apresentação do projeto “Era uma vez...”, desenvolvido pelo Eixo Literatura Infantil e Formação de Leitores - PAIC/Marco-CE que vem sendo realizado na escolas públicas do município, junto as turmas de 1ª ano do Ensino Fundamental.


PROJETO DIDÁTICO “Era uma vez...”

Apresentação

O Projeto “Era uma vez...”, é um incentivo à leitura, que além de envolver a escola, também leva a leitura para diversos bairros. Conscientizar os alunos da importância de ler, criando neles um hábito divertido e prazeroso, incentivando assim o interesse para outros tipos de leitura, aperfeiçoando neles a escrita e oralidade com atividades desenvolvidas a partir de leituras de livros infantis.
A leitura é de suma importância no processo de formação do cidadão consciente e participativo, pois colabora para que as crianças aprendam a pensar, a questionar, a construir o seu conhecimento. O hábito da leitura deve ser constante na vida do educando, para que ele seja um leitor apaixonado. É imprescindível enxergar com novos olhos o universo mágico e encantador do livro.
Justificativa
O objetivo didático deste projeto é atender necessidades de aprendizagem dos alunos: ler, recontar e reescrever histórias mesmo ainda sem saber ler e escrever convencionalmente. E principalmente despertar o interesse dos alunos à leitura e mostrá-los que ler também é uma diversão. Durante o projeto as aulas devem acontecer de forma criativa, procurando transformar aprendizagem em diversão, e criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de competências, por meio do uso de livros.
Objetivos
* Gostar de ler e ouvir histórias.
* Produzir bons textos, mesmo antes de saber a grafia das palavras, pois podem elaborá-los ou ditá-los.
* Recontar histórias, recuperando a sequência de acontecimentos e a forma, ou seja, a linguagem que se usa para escrever.
* Aprender alguns procedimentos de revisão de texto ( reler cada parte escrita, verificando a articulação com o que já foi escrito e planejado o que falta escrever) com a ajuda do professor.
* Planejar e executar tarefas em grupo;
* Valorizar o trabalho em grupo.
Conteúdo
* Literatura Infantil
Anos 1º ano
Tempo estimado: 10 semanas.
Material necessário
Livros infantis de diversos autores
Desenvolvimento
1ª etapa
Inicie a conversa com os alunos falando sobre o projeto, para que os alunos conheçam e compartilhem o objetivo do projeto e o produto final: um livro coletivo. Explique que os livros infantis são uma forma interessante de levá-los ao mundo da fantasia e mostrá-los que ler também é uma diversão. Apresente diversos livros e observe como os alunos os manuseiam , o quanto se interessam, o quanto lêem, o quanto comentam sobre o que observam.
2ª etapa
Enfeite uma caixa grande e encha de livros infantis de diversos autores, intitulada “Caixa de Histórias”. Em roda, explique que todos os dias uma criança levará um livro para ser lido em casa, por isso deverão elaborar uma lista de empréstimos com seus nomes em ordem alfabética. Faça a leitura dos cartões com o nome dos alunos e deixe-os aleatoriamente um embaixo do outro. Peça que os pequenos organizem os nomes de acordo com a ordem alfabética para iniciar a elaboração da lista. Oriente a atividade selecionando um nome por vez e relacionando-o com a sequência do alfabeto. É possível perguntar, por exemplo: “Há mais alguém que começa com A, como a Anita?” Se houver nomes que se iniciam do mesmo modo, aproxime um nome do outro e ajude-os a entender que o critério de quem vem primeiro é a próxima letra ou, se forem iguais, a primeira do segundo nome. De posse da lista em ordem alfabética, promova uma leitura dos nomes. Ponha uma cópia da lista afixada na parede para acompanhamento dos pequenos e outra em seu portfólio para seu controle. Todos os dias a lista deve ser consultada e a criança escolherá um livro que levará para casa, junto com a sacolinha e a ficha a ser preenchida com a ajuda dos pais, com o nome do livro, do autor e a opinião da criança, se gostou ou não da leitura.
3ª etapa
No dia seguinte, no momento de leitura, a criança contará as impressões do livro para a turma ( o que gostou do texto, nome do autor, ilustrador, quais os personagens, reconto da história ou trechos mais interessantes, etc.) Depois a criança poderá recontar a história com a ajuda do professor, que deverá registrar em cartaz visível os títulos das histórias escolhidas durante a semana.
4ª etapa
Na sexta-feira, o professor deve sortear ou promover votação para a história mais interessante da semana, esse texto deverá ser bem trabalhado. Apresente o livro: explore a capa, o título, o autor, o ilustrador, etc. você pode contar a história sem ler usando suas próprias palavras. Deixe que a criança participe da história, faça perguntas para que a criança participe e viva bem esse momento. Promova momentos em que as crianças recontarão a história para que se apropriem do enredo e das suas características. Proponha a reescrita da história escolhida pela turma. O professor servirá como escriba para a produção coletiva que deverá ser escrita na lousa. A partir do texto produzido pelos alunos, o professor identificará as dificuldades discursivas e textuais mais freqüentes dos alunos, e depois revisará coletivamente com os alunos para correções adequadas.
5ª etapa
Depois da produção coletiva o professor divide a turma em grupos com respectivas tarefas: 1. Ilustração do texto; 2. Confecção de fantoches de palitos - personagens da história (Ofereça aos alunos condições para que criem o cenário da história, utilizando diversos materiais como galhos secos, papel, retalhos, etc); 3. Apresentação da história através do teatrinho de fantoches. O grupo das ilustrações devem fazer os desenhos que ilustrarão a historia da semana; o grupo dos fantoches devem confeccionar os fantoches com material disponível na escola; o grupo da apresentação irá recontar a história escolhida. (o professor deve providenciar teatrinho de madeira ou papelão)

No final do projeto o professor deve reunir todas as produções coletivas, digita-las com suas respectivas ilustrações para elaboração de um livro coletivo de histórias recontadas. Titulo do livro a critério da turma.

Produto final
Criar textos produzidos coletivamente para compor um livro de histórias que fará parte do acervo do Cantinho da Leitura da sala.
(Todas as etapas devem ser devidamente registradas - Portfólio/fotografias)
Avaliação
Avalie cada aluno com base nos seguintes aspectos: Valoriza a leitura como fonte de prazer? Vivencia o papel de leitor, mesmo antes de ler convencionalmente? Extrai significados analisando uma imagem? Investiga imagem e produz texto apropriado? Faz ilustrações considerando a complementaridade com o texto escrito? Preserva o material coletivo da sala? Interage significativamente nas atividades de leitura?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Theatro José de Alencar
EiXo LeItOr - Marco
Projeto da professora Adélia


Lançamento da Revista PENSE! do Programa de Alfabetização na Idade Certa - PAIC/SEDUC.
THEATRO JOSÉ DE ALENCAR

sábado, 8 de agosto de 2009

Lançamento da Revista Pense!

"A Secretaria da Educação(Seduc) lança nesta segunda-feira, dia 10, às 17 horas, no Theatro José de Alencar, a Revista Pense! do Programa Alfabetização na Idade Certa(Paic). Com uma abordagem diferenciada, são 48 páginas que mesclam elementos do meio rural e urbano. Dedicada ao professor, fala sobre o dia a dia da escola cearense, as experiências educacionais que estão dando certo, além de artigos, ensaios e espaço para troca de idéias. O lançamento terá a presença da secretária Izolda Cela. A Revista Pense! quer incentivar a prática da leitura entre os professores para que essa cultura seja intensificada junto aos alunos. Pode ser utilizada dentro e fora da sala de aula, estimulando a criatividade e a reflexão, trazendo respostas a dúvidas e situações do cotidiano pedagógico e aprofundando seus conhecimentos culturais. A publicação conta com seções fixas como Entrevista com personalidades da área educacional, que nessa primeira edição traz o professor da Universidade Federal do Ceará(UFC), André Haguette, e ainda a SuperProfa. aberta a ações que contribuem para resultados positivos na aprendizagem dos alunos. Os conteúdos são organizados em três grandes editorias: cultural, pedagógica e científica. Ao decidir editar a publicação, a Seduc assume o compromisso de falar da educação cearense e seus desafios, respeitando aspectos culturais da região, sem perder de vista as contribuições do mundo em constantes transformações. Além disso, o veículo quer estimular o professor em sua profissão, promover a auto-estima e valorizar a prática docente. Trata-se de uma ação inovadora que chegará aos professores da rede pública de ensino que lecionam nas séries iniciais do Ensino Fundamental (1º e 2º anos), bem como no último ano da Educação Infantil. Ou seja, a todos os profissionais cujos alunos estejam na idade certa para a alfabetização (05 a 07 anos), nos 184 municípios do Estado do Ceará participantes do Programa Alfabetização na Idade Certa(Paic). Programa Alfabetização na Idade Certa(PAIC) Lançado pelo Governo do Estado, em 2007, o programa tem a meta de alfabetizar todas as crianças da rede pública de ensino até sete anos de idade. Desde então, capacitou cerca de 15 mil professores dos 184 municípios cearenses e beneficia mais de 300 mil alunos de 1º e 2º anos do ensino fundamental, entre outras ações. Na prática, o programa oferece materiais pedagógicos aos alunos, formação aos profissionais em alfabetização, programa de incentivo à leitura e sistemas que avaliem as séries iniciais do ensino fundamental e propiciem um diagnóstico para que o município possa gerenciar o ensino que oferta à sociedade. O Governo Estadual entende que o domínio da leitura e da escrita é condição prévia para o sucesso do aluno em outras aprendizagens escolares." Jacqueline Cavalcante Fonte:http://www.antonioviana.com.br/2009/site/ver_noticia.php?id=58546

domingo, 28 de junho de 2009

"Ler é viajar no mundo que mora dentro das palavras."

http://www.youtube.com/watch?v=J-xzVXVTMns
TRAZENDO A LITERATURA INFANTIL PARA AS AULAS DE MATEMÁTICA
As Centopeias e seus sapatinhos
Milton Camargo, Editora Ática, 1992, 15ª edição
Indicado para 1º e 2º ano

O livro conta a história de uma Centopeinha que sai com sua mãe para comprar sapatos.
Chegando à loja elas são recebidas pela vendedora Joaninha. A Centopeinha pede um sapato vermelho. Joaninha sobe e desce as escadas várias vezes para trazer os pares de sapatos à Centopeinha. Depois de colocados todos os sapatos a Centopeinha percebe que eles estão apertados.
Ela pede à Joaninha para trazer um número maior e lá vai a Joaninha, sobe e desce, sobe e desce... e quando traz o último par de sapatos não tem mais forças nem para se levantar.
Dona Centopéia pega os sapatos e diz à Joaninha que ela está muito cansada e que outro dia voltará para comprar mais sapatos. Joaninha, depois de tantos esforços, desmaia.

Ao trabalhar com esta história o professor poderá abordar idéias relativas à correspondência um a um, par ou ímpar, adição, subtração etc.

SUGESTÕES DE TRABALHO

O professor pode ler a história com as crianças e pedir para que elas desenhem a parte que mais gostaram. Depois do desenho, é possível problematizar:

· Alguém já viu uma centopeia? Como ela é?
· Quantos pés tem a centopeia?
· Quantos bolinhos você acha que tinha na mesa do café? Desenhe.
· Quantos chapéus e sombrinhas pegaram a Centopeia e sua filha?
· Quantas vezes você acha que a Joaninha subiu e desceu a escada para pegar os sapatos?
· Quantos pares de sapatos a Centopeinha experimentou?
· Quantos pares de sapatos a Centopeinha usa de cada lado do corpo?
· Que número, você acha que calça a Centopeinha? Nesse caso, de que número poderia ser o primeiro par de sapatos que a Joaninha trouxe?
· Por que os fabricantes de sapato colocam um par de sapatos em cada caixa?
· Se você fosse um fabricante de sapatos para centopeias, você colocaria um par de sapatos em cada caixa?
· No caso desta história, quantos sapatos para centopeias deveriam ser colocados em cada caixa para evitar o sobe e desce de Dona Joaninha?

Como é possível notar, os professores que utilizam literatura regularmente têm em suas mãos um contexto significativo e natural para encorajar os alunos a falarem e escreverem sobre matemática.
Vale observar, porém, que não pretendemos subjugar o uso da literatura infantil na escola à exploração matemática. É fundamental que não esqueçamos o valor primeiro da literatura infantil, ou seja, despertar o prazer de ler.

* Esse texto foi originalmente publicado no livro “Era uma vez na matemática; uma conexão com a literatura infantil”, do Instituto de Matemática e estatística da US, escrito com a colaboração de Glauce Helena Rodrigues Rocha, Patrícia Terezinha Cândido e Renata Stancanelli, reproduzida na Revista AMAE educando.

MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA, Ana Maria Machado, Ed. Ática - ilustrações de Claudius.
Era uma vez uma menina linda, linda.Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar. E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando.
O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida. E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
­- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:­
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...

Patativa do Assaré

Cantando em verso e prosa Poeta niversitaro, Poeta de cademia, De rico vocabularo Cheio de mitologia, Tarvez este meu livrinho Não vá recebê carinho, Nem lugio e nem istima, Mas garanto sê fié E não istruí papé Com poesia sem rima. Cheio de rima e sintindo Quero iscrevê meu volume, Pra não ficá parecido Com a fulô sem perfume; A poesia sem rima, Bastante me disanima E alegria não me dá; Não tem sabô a leitura, Parece uma noite iscura Sem istrela e sem luá. Se um dotô me perguntá Se o verso sem rima presta, Calado eu não vou ficá, A minha resposta é esta: — Sem a rima, a poesia Perde arguma simpatia E uma parte do primô; Não merece munta parma, É como o corpo sem arma E o coração sem amô. * * * * * * * * * Patativa do Assaré

sábado, 27 de junho de 2009

Uma ideia toda azul

Um dia o Rei teve uma ideia. Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela ideia azul, que não quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o jardim, correu com ela nos gramados, brincou com ela de esconder entre outros pensamentos, encontrando-a sempre com igual alegria, linda ideia dele toda azul. Brincaram até o Rei adormecer encostado numa árvore. Foi acordar tateando a coroa e procurando a ideia, para perceber o perigo. Sozinha no seu sono, solta e tão bonita, a ideia poderia ter chamado a atenção de alguém. Bastaria esse alguém pegá-la e levar. É tão fácil roubar uma ideia. Quem jamais saberia que já tinha dono? Com a ideia escondida debaixo do manto, o Rei voltou para o castelo. Esperou a noite.Quando todos os olhos se fecharam, saiu dos seus aposentos, atravessou salões, desceu escadas, subiu degraus, até chegar ao Corredor das Salas do Tempo. Portas fechadas, e o silêncio. Que sala escolher? Diante de cada porta o Rei parava, pensava, e seguia adiante.Até chegar à Sala do Sono. Abriu.Na sala acolchoada os pés do Rei afundavam até o tornozelo, o olhar se embaraçava em gazes, cortinas e véus pendurados como teias.Sala de quase escuro, sempre igual.O Rei deitou a ideia adormecida na cama de marfim, baixou o cortinado, saiu e trancou a porta. A chave prendeu no pescoço em grossa corrente.E nunca mais mexeu nela. O tempo correu seus anos.Ideias o Rei não teve mais, nem sentiu falta tão ocupado estava em governar. Envelhecida sem perceber, diante dos educados espelhos reais. Que mentiam a verdade.Apenas, sentia-se mais triste e mais só, sem que nunca mais tivesse tido vontade de brincar nos jardins. Só os ministros viam a velhice do rei. Quando a cabeça ficou toda branca, disseram-lhe que já podia descansar, e o libertaram do manto. Posta a coroa sobre a almofada, o rei logo levou a mão a corrente. —Ninguém mais se ocupa de mim—dizia atravessando salões e descendo escadas a caminhos das Salas do Tempo —ninguém mais me olha.Agora posso buscar minha linda ideia e guardá-la só para mim. Abriu a porta, levantou o cortinado. Na cama de marfim, a ideia dormia azul como naquele dia. Como naquele dia, jovem, tão jovem, uma ideia menina. E linda. Mas o rei não era mais o rei daquele dia. Entre ele e a ideia estava todo o tempo passado lá fora, o tempo todo na sala do sono. Seus olhos não viam na ideia a mesma graça. Brincar não queria, nem rir.Que fazer com ela? Nunca mais saberiam estar juntos como naquele dia. Sentado na beira da cama o rei chorou suas duas últimas lágrimas, as que tinham guardado para a maior tristeza. Depois baixou o cortinado, e deixando a ideia adormecida, fechou para sempre a porta.


Marina Colasanti