domingo, 28 de junho de 2009


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TRAZENDO A LITERATURA INFANTIL PARA AS AULAS DE MATEMÁTICA
As Centopeias e seus sapatinhos
Milton Camargo, Editora Ática, 1992, 15ª edição
Indicado para 1º e 2º ano

O livro conta a história de uma Centopeinha que sai com sua mãe para comprar sapatos.
Chegando à loja elas são recebidas pela vendedora Joaninha. A Centopeinha pede um sapato vermelho. Joaninha sobe e desce as escadas várias vezes para trazer os pares de sapatos à Centopeinha. Depois de colocados todos os sapatos a Centopeinha percebe que eles estão apertados.
Ela pede à Joaninha para trazer um número maior e lá vai a Joaninha, sobe e desce, sobe e desce... e quando traz o último par de sapatos não tem mais forças nem para se levantar.
Dona Centopéia pega os sapatos e diz à Joaninha que ela está muito cansada e que outro dia voltará para comprar mais sapatos. Joaninha, depois de tantos esforços, desmaia.

Ao trabalhar com esta história o professor poderá abordar idéias relativas à correspondência um a um, par ou ímpar, adição, subtração etc.

SUGESTÕES DE TRABALHO

O professor pode ler a história com as crianças e pedir para que elas desenhem a parte que mais gostaram. Depois do desenho, é possível problematizar:

· Alguém já viu uma centopeia? Como ela é?
· Quantos pés tem a centopeia?
· Quantos bolinhos você acha que tinha na mesa do café? Desenhe.
· Quantos chapéus e sombrinhas pegaram a Centopeia e sua filha?
· Quantas vezes você acha que a Joaninha subiu e desceu a escada para pegar os sapatos?
· Quantos pares de sapatos a Centopeinha experimentou?
· Quantos pares de sapatos a Centopeinha usa de cada lado do corpo?
· Que número, você acha que calça a Centopeinha? Nesse caso, de que número poderia ser o primeiro par de sapatos que a Joaninha trouxe?
· Por que os fabricantes de sapato colocam um par de sapatos em cada caixa?
· Se você fosse um fabricante de sapatos para centopeias, você colocaria um par de sapatos em cada caixa?
· No caso desta história, quantos sapatos para centopeias deveriam ser colocados em cada caixa para evitar o sobe e desce de Dona Joaninha?

Como é possível notar, os professores que utilizam literatura regularmente têm em suas mãos um contexto significativo e natural para encorajar os alunos a falarem e escreverem sobre matemática.
Vale observar, porém, que não pretendemos subjugar o uso da literatura infantil na escola à exploração matemática. É fundamental que não esqueçamos o valor primeiro da literatura infantil, ou seja, despertar o prazer de ler.

* Esse texto foi originalmente publicado no livro “Era uma vez na matemática; uma conexão com a literatura infantil”, do Instituto de Matemática e estatística da US, escrito com a colaboração de Glauce Helena Rodrigues Rocha, Patrícia Terezinha Cândido e Renata Stancanelli, reproduzida na Revista AMAE educando.

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