O menino Paulo Freire, no século XX, aprendeu a ler com as cores, as imagens, os sons que compunham o seu mundo:
Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se
encarnavam no canto dos pássaros – o do sanhaçu, o do
olha-pro-caminho-que-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das copas das
árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades,
olha-pro-caminho-que-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das copas das
árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades,
trovões, relâmpagos; as águas da chuva brincando de geografia:
inventando lagos, ilhas, rios, riachos. Os “textos”, as “palavras”, as
“letras” daquele contexto se encarnavam também no assovio do
vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na
cor das folhagens, na forma das folhas, no cheiro das flores – das
rosas, dos jasmins – no corpo das árvores, na casca dos frutos
(FREIRE, 1983, p. 13).
Textos... palavras... letras... os exemplos de vida citados acima nos levam a pensar não apenas no sentido de leitura que se restringe ao material escrito, mas em uma leitura que vai além das letras e se amplia para a vida, num movimento que, nas palavras de Paulo Freire, se estende do mundo à palavra e da palavra ao mundo.
Aprender também é divertidoO.
Beijos coloridos.
= D
2 comentários:
Que legal suas aulas! Você sempre foi esse professora dedicada e amável. Parabéns sempre tia Nina.
Beijos
Lívia.
gosto de estudar com você.
beijos
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