terça-feira, 3 de julho de 2012

Galo, galo não me calo - Sylvia Orthof


Essa belezura de história da Silvia Orthof fez com que nossas carinhas ficassem mais felizes e cantassem muiiiiito o canto do galo... "Cocoricó, cocoricó ... Eu vi o Sol! Eu vi a luz!" =D


QUEM CONTA UM CONTO ENFIA AS CONTAS NUM COLAR.. NO FIO DO TEMPO QUE NÃO PARA DE PASSAR.. PELA CABEÇA DE QUEM CONTA E TAMBÉM DE QUEM ESCUTA PASSA MUITA PERIPÉCIA...PASSA UM FILME DE AVENTURA...

Era uma vez uma menina chamada Fanci. Fanci morava numa casinha cercada de prédios por todos os lados, era a única casinha da rua. A casinha de Fanci era coisa bem pouquinha, sala, quarto, cozinha, banheiro e um quintal. No quintal da casa de Fanci tinha um pé de mamão, uma roseira e um poleiro. E nesse poleiro morava um galo. O nome do galo de Fanci? Ora, Galo de Fanci

Pois o Galo de Fanci todo cheio de pose e belezura, com seu rabo vermelho, amarelo e azul ... aaadorava quando o Sol nascia e ele imaginava, porque ele não via, tinha um montão prédios em volta, mas ele imaginava o Sol nascendo por detrás do horizonte. Aí nessa hora dava uma vontade nele de cantar E ele cantava assim: Cocoricoricoricó...Eu vi o sol! Eu vi a luz!

E das janelas dos apartamentos as pessoas começavam a gritar: Cala a boca galo barulhento! Eita, galo destrambelhado! E começavam a jogar coisas pela janela, jogavam caixa vazia, lata velha, potinho de iogurte... Ih, e o Galo de Fanci sabia correr direitinho dos troços e trecos que jogavam nele... ele olhava pra cima e... chuck, chuck, chuck.. saía desviando das coisas... 
Enquanto ele corria de um lado pro outro ele cantava assim: “Cocococoricó, cococoricó tenham pena, tenham pena de uma galinho carijó!

Mas aí no dia seguinte, quando o Sol nascia de novo, parecia que ele tinha esquecido tudo que tinham jogado nele. É que dava de novo aquela vontade de cantar... Ah, e era uma vontade que nascia no coração, passava pela garganta e se transformava num lindo canto: Cocoricoricoricó...Eu vi o sol! Eu vi a luz!

Bom, e das janelas dos apartamentos... Ih, caixa de sapato velha, vidro de maionese, lata vazia, jornal velho... A menina Fanci sabia ajudar direitinho o seu amigo, ela abria um guarda sol tooodo colorido e saía correndo atrás dele protegendo o galo. "Cocococoricó, cococoricó tenham pena, tenham pena de uma galinho carijó!

Mas aí, um dia quando estava essa bagunça toda, todo mundo jogando coisas lá no quintal da Fanci, a roseira dela tomou uma tamancada e a única rosa que tinha na roseira quebrou...
"Foi a rosa que caiu do galho, deus dois suspiros e depois morreu."

  E aí sabe o que aconteceu? As pessoas, as madames, os doutores, o síndico, todas essas pessoas foram reclamar na delegacia, na prefeitura, no jornal. Eles reclamavam assim: Nosso quarteirão tem um galo que acorda a gente quando nasce o Sol! Abaixo o galo! Abaixo o galo!  

Veio um decreto, uma lei, a partir daquele dia, o galo da Fanci tinha que dormir numa gaiola e mais, a gaiola tinha que ser coberta por um pano preto, é porque assim ele não veria a luz do dia e não teria vontade de cantar. 
Foi o que aconteceu, ali dentro da gaiola coberta por um pano preto... iiiih, o galo dormia... puá, puá, puá... roncava... puó, puó... não incomodava ninguém.  

Agora, o pessoal lá da rua da Fanci, tá super feliz, porque ninguém mais precisa ouvir barulho de galo cantando. Agora, lá na rua só ouve biiiibiiii,, truuummm, crás, toc toc, vupt, brum ...

Mas pra essa história não terminar triste demais...
Fanci casou com um fazendeiro, foi morar numa fazenda e levou o galo pra viver com ela. Lá ele não precisava ficar na gaiola, ele conheceu uma galinha, os dois namoraram...puá, puá, pua... namoraram... 
A galinha pôs 1 ovo, 
2 ovos, 
3 ovos... 
10 ovos... 
20... 30... 
40 ovinhos. 
Nasceram dez pintinhos e 30 pintinhas. 

Agora, lá na fazenda quando o Sol nasce todo mundo canta junto:
Cocoricoricoricó...Eu vi o sol! Eu vi a luz! 
Cocoricoricoricó...Eu vi o sol! Eu vi a luz! 
Cocoricoricoricó...Eu vi o sol! Eu vi a luz!

E eles viveram felizes para sempreee...=D
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-> olha só como a turminha gostou... 










A história prendeu a atenção da criançada, e pudemos abordar o tema ecologia, mostrando a agitação da cidade com seus carros, buzinas, fumaça, prédios e lixo.

Aprendemos que o canto dos bichos não pode calar.

Beijos cócócoloridos....=D
Prô Nina

Um comentário:

Adriana Saldanha disse...

muito legal essa historia. parabens prô. beijos.